sábado, 9 de julho de 2011

Biografia de Jackson do Pandeiro


Cantor, instrumentista e compositor brasileiro, nascido em Alagoa Grande, Paraíba, um dos maiores intérpretes dos ritmos nordestinos. Era filho da cantadora de cocos Glória Maria da Conceição, conhecida como Flora Mourão, famosa nas festas da cidade de Alagoa Grande com seu ganzá, acompanhada por João Feitosa, que tocava zabumba. Aos oito anos, acompanhou a mãe em um dia em que Feitosa não apareceu e ganhou de presente, um pandeiro. Aos 13 anos, seu pai faleceu e ele teve que ir com a mãe e os irmãos morar em Campina Grande, também na Paraíba. Queria tocar sanfona, mas como esse instrumento era muito caro, trabalhou como engraxate, entregador de pão e outros pequenos serviços. Admirador de cinema, gostava bastante dos filmes de faroeste, especialmente do ator Jack Perry e assim ganhou o apelido de Jack.
Aos 17 anos, passou a atuar como substituto do baterista de um conjunto que se apresentava no Clube Ipiranga, efetivando-se, mais tarde, como percussionista do grupo. Começou a fazer sucesso em Campina Grande e passou a fazer dupla com José Lacerda, irmão mais velho do cantor Genival Lacerda, usando o nome artístico de Jack do Pandeiro (1939). Depois morou em João Pessoa, capital paraibana (1940-1948) e mudou-se para o Recife, em Pernambuco, onde atuou em programa próprio na Rádio Jornal do Commércio e adotou o nome de Jackson do Pandeiro formando dupla com o famoso compositor e apresentador Rosil Cavalcanti. Gravou seu primeiro LP em 78 rpm (1953), com o xaxado Sebastiana, de Rosil Cavalcanti, e o rojão Forró em Limoeiro, de Edgar Ferreira. Mudou-se em seguida para o Rio de Janeiro, onde com seu Forró no Limoeiro, surpreendeu o público carioca trazendo um ritmo diferente, alegre, marcante e que o tornou um dos campeões de vendagem de discos na época. Continuou a gravar cocos e rojões, fazendo sucesso nacional com gravações como O canto da ema, Chiclete com banana e Cabo Tenório, 1 X 1, Forró em Caruaru, Como tem Zé na Paraíba, entre muitos outros. Nos tempos da Rádio Jornal do Commércio, conheceu Almira Castilho, com quem se casou (1956) e fizeram uma dupla que alcançou sucesso, com ele cantando e ela dançando, e participando de diversos filmes nacionais. Também atuou como instrumentista em quase todos os primeiros discos da cantora Elba Ramalho, que relançou com sucesso Ouvi o toque da sanfona me chamar. Gravou seu último disco pela PolyGram, o LP Isto que é forró (1981) e no ano seguinte, ao chegar em Brasília para cumprir compromissos, sentiu-se mal ainda no aeroporto, onde desmaiou e morreu de embolia pulmonar, deixando mais de 400 composições gravadas e dezenas de discos, entre 78 rpm, compactos e LPs.

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